Autismo em adultos

Nos últimos anos, o diagnóstico de Autismo em adultos tem crescimento consideravelmente em todo mundo.

Segundo dados de pesquisas feitas nos Estados Unidos, a cada 110 pessoas, existe 1 caso de autismo.

No Brasil, estima-se que entre a população de 200 milhões de habitantes, existam no mínimo 2 milhões de autistas.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição que altera o comportamento e comunicação do indivíduo e considerado segundo a OMS- Organização Mundial da Saúde, um distúrbio neurológico do desenvolvimento.

É muito comum que pessoas sejam diagnosticadas na infância, geralmente por um conjunto abrangente de sintomas e condições que caracterizam o autismo.

Porém, tem ficado cada vez mais recorrente, que adultos e até idosos, sejam diagnosticados como autistas.

Mas porque essas pessoas não foram diagnosticadas em tenra idade? Quais as condições que agora, são observadas para identificarem o autismo nelas? Quais os prejuízos que envolvem o diagnóstico tardio de autismo em adultos?

Neste artigo, falaremos sobre Autismo em adultos, os sintomas, condições e os mitos que ainda prevalecem sobre o transtorno e os tratamentos mais efetivos.

Autismo em Adultos: O que é o TEA- Transtorno do Espectro Autista?

O Transtorno do Espectro Autista é uma condição neurológica que afeta o desenvolvimento, comunicação e comportamento de crianças e adultos.

Considerado pela OMS como um problema de saúde mundial, o Autismo prejudica as emoções do indivíduo com a condição, alterando seu comportamento e organização dos pensamentos. Existem 3 subtipos de autismo:

  1. Síndrome de Asperger– A pessoa com Asperger, tem a inteligência preservada e pode, inclusive, se comunicar e viver uma vida aparentemente normal, porém, possui alguns comportamentos característicos do Autismo.

Quem possui Asperger, pode ter dificuldade de compreender sinais não verbais como piadas ou palavras de dupla interpretação. Pode ter, também, comportamentos repetitivos;

  1. Transtorno Autista– O Transtorno clássico do Autismo, se caracteriza pela forma mais grave, onde a pessoa pode ter atraso na fala, comportamento repetitivo, capacidade cognitiva baixa e não faz qualquer tipo de contato visual;
  2. Transtorno Invasivo do Desenvolvimento– Considerado um tipo mais agravado do Asperger, no Transtorno Invasivo do Desenvolvimento a pessoa pode ter baixa interação social e dificuldade em quebrar a rotina diária.

O autismo pode ser desde leve até grave e o diagnóstico, em tese, é clínico, com alguns exames neurológicos e laboratoriais para descartar outras condições de saúde.

Em geral, o autismo é um transtorno observado na infância, mas porque cada vez mais tem sido diagnosticado em adultos? Vejamos a seguir. 

O que é o Autismo em Adultos? 

Qualquer condição de saúde que é diagnosticada cedo, tem maiores chances de tratamento eficientes e até mesmo a cura dependendo do caso.

No Autismo, apesar de não haver cura, quanto mais cedo a pessoa recebe o diagnóstico, melhor é o prognóstico e tratamentos que visam a qualidade de vida do indivíduo a longo prazo.

Mas existem muitas pessoas que tem recebido o diagnóstico tardiamente na vida adulta e agora compreendem o porquê sofreram tanto ao longo dos anos por seu comportamento, pensamentos e emoções tão diferente dos demais. 

Entre os casos famosos, podemos citar o ator Anthony Hopkins. Atualmente com 86 anos, o ator recebeu o diagnóstico de autismo quando tinha mais de 70 anos!

Casos como o dele estão cada vez mais comuns. Mas, por quê? A primeira coisa que deve ser enfatizado é que a pessoa não “pega” ou desenvolve o autismo depois da infância, ela já nasce com essa condição.

Como vimos no tópico anterior, pessoas com Síndrome de Asperger ou mesmo autismo leve, podem viver uma vida normal na maior parte do tempo, sendo que o autismo em si não altera diretamente a sua vida como nas outras situações.

O autismo em adultos pode ser mais desafiador para determinar um diagnóstico. Isso ocorre, pois as pessoas podem mascarar seus sintomas, escondendo incômodos e sentimentos e aparentemente se adequar bem a vida social. 

O que irá determinar o diagnóstico mais preciso, dependerá da contribuição do paciente em relatar como foi a infância, os desafios que sempre enfrentou e com as observações e exames médicos, ter um diagnóstico final.

Quais os malefícios do diagnóstico de autismo em adultos tardiamente? 

O diagnóstico de autismo em adultos, não é um prejuízo a pessoa, mas quanto mais tempo demora para que ela receba o devido tratamento, pode sofrer por muitos anos, por algo que tem como tratar. 

O maior malefício da pessoa com autismo não tratado, é que ela terá mais dificuldade em interagir e com maiores chances de desenvolver outros transtornos como ansiedade e depressão.

O autista tem mais chances de se isolar, e esses pontos são prejudiciais ao desenvolvimento e avanço da pessoa em sua vida e sociedade. 

Sintomas de autismo em adultos

Dentre os sintomas de autismo em adultos mais comuns, está a baixa interação social, comportamentos repetitivos e quando se interessa por um assunto, se concentrar totalmente, excluindo tudo ao redor.

São pessoas que desde crianças tem dificuldade para suportar luzes e sons fortes e altos. Tem maior tendência a depressão e ansiedade generalizada.

Adultos com autismo, podem encontrar grande dificuldade em obter empregos e permanecer neles, pois a interação social é afetada.

Tem forte dificuldade em compreender linguagem não verbal como a corporal ou frases cheias de sarcasmo como piadas, por exemplo.

Outro ponto é que o autismo em adultos, pode revelar uma pessoa mais alheia ao seu redor, ou seja, distraída e com facilidade de perder e esquecer coisas importantes. 

Como deve ser o tratamento de adultos autistas diagnosticados tardiamente?

O médico psiquiatra é o profissional que pode diagnosticar o autismo em pessoas adultas, assim como o psicólogo e neurologista. 

Dependendo do nível de autismo e outros transtornos e doenças associadas, pode ser necessário o uso de medicamentos. 

A terapia em geral é a proposta mais benéfica para auxiliar adultos autistas. Outros pontos fundamentais são mudanças na sociedade como mais informação e menos preconceito. 

Curso de Transtorno do Espectro Autista

O Autismo em adultos é um assunto que está em voga e precisa sem ainda mais informado, para que haja maior popularidade da condição, dos seus tratamentos e do aumento da qualidade de vida das pessoas.

Além disso, quanto mais informação, menos preconceito e discriminação com autistas. 

Para compreender bem tudo sobre o transtorno em crianças e adultos, faça o curso de Transtorno do Espectro Autista.

Neste curso, você terá aulas como conhecer a questão do autismo, tipos de intervenção, dietas alimentares usuais e muito mais.

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Sobre o Autor

Fernando Vale
Fernando Vale

Fernando Vale é um profissional graduado em Administração e com MBA em Logística Empresarial. Atualmente, é sócio e diretor da Unova Cursos, uma empresa especializada em Educação a Distância (EAD) e Cursos Online. Com mais de uma década de experiência no mercado educacional, Fernando tem se empenhado em levar conhecimento de excelência para milhares de indivíduos em todo o território brasileiro.