Transtorno do Espectro Autista: O que é e como identificar? Tratamentos e informações

O transtorno do Espectro Autista é considerado um transtorno pela ONU e determinado que todo dia 02 de abril é o dia mundial de conscientização do Autismo.

Mas, afinal, o que é o Autismo? Descoberto em meados da década de 1940, o transtorno do Espectro Autista manifesta-se como uma condição que o individuo tem um desenvolvimento neurológico deficiente e afeta sua vida social e comportamento.

Dificuldade em se socializar com comunicação e interação comprometida, comportamento repetitivo e restrito, além de prejuízo na formulação do pensamento e transtorno de aprendizagem, são alguns pontos característicos dessa condição. 

O autismo tem sido alvo de estudos nas últimas décadas, principalmente com o aumento de casos, inclusive, entre adultos. 

Para entender como funciona esse transtorno e conhecer sua história, sintomas e tratamentos, confira este artigo informativo e saiba como aprender mais sobre o assunto. Confira. 

O que é o Transtorno do Espectro Autista?

O Autismo, classificado corretamente como Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um transtorno de saúde que afeta o neurodesenvolvimento humano. 

Antes de 2013, o autismo era reconhecido como Transtorno apenas, mas foi acrescido a palavra espectro que designa os diversos tipos e variações do autismo. 

O autista possui grande comprometimento em relação ao comportamento e isso reflete em seus relacionamentos sociais. 

É possível que além do autismo, a pessoa tenha outros transtornos, síndromes e doenças associadas como epilepsia e TDAH. 

O transtorno é considerado comum, afetando 1 em 44 pessoas e 2% da população mundial possui a condição. O Brasil possui em torno de 2 milhões de pessoas com autismo. 

História do Transtorno do Espectro Autista no Mundo e no Brasil

O autismo foi descrito pela primeira vez pela classe médica no ano de 1943 através do Doutor Leo Kanner. 

Ele estudava 11 pessoas entre crianças e adultos com condições de comportamento que dificultavam interação social e vícios repetitivos.

No ano seguinte, o Doutor Hans Asperger escreveu um trabalho que descrevia comportamentos e sintomas semelhantes aos observados pelo doutor Kanner.

Com tais estudos, ao longo das décadas, foi possível relacionar os transtornos e determinar suas condições, sintomas e criar tratamentos mais eficazes. 

Ambos são considerados os primeiros a identificarem a condição do autismo e Asperger.

Os tipos de Autismo e seus sintomas 

Síndrome de Asperger é um dos muitos tipos de autismo e dos mais comuns. Com as mesmas características, porém, com menos intensidade, logo, a pessoa com Asperger tende a ter uma vida mais normalizada, porém, necessita de tratamento para sua condição. 

No Asperger, a criança ou adulto tem sua inteligência preservada e não possui atraso na fala como o autista clássico, mas tem dificuldade na interpretação de palavras de duplo sentido, sinais não-verbais e simbologias. 

Além disso, a pessoa com Asperger, gosta de rotina rígida, detesta sons altos e pode ter comportamentos compulsivos.

Além do Asperger, existem mais 3 condições que são consideradas autismo. São elas:

1. Transtorno Autista– O Transtorno Autista é o mais comum e grave, e a pessoa começa a ter os primeiros sintomas na infância, antes dos 3 anos. 

A criança costuma indicar pessoas ou coisas que quer, não fita os olhos das pessoas e não demonstra empatia ou qualquer tipo de interação;

2. Transtorno Desintegrativo da Infância– O autismo desintegrativo da infância é a condição mais rara e que denota uma regressão da criança. 

Por volta dos 3 e 4 anos, ao invés de desenvolver-se, ela perde suas habilidades como linguagem e incapacidade social e motora. Pode estar associada a outras doenças;

3. Transtorno Invasivo do Desenvolvimento– A pessoa com transtorno invasivo do desenvolvimento, possui traços do Asperger, porém, com acentuado nervosismo e ansiedade, principalmente em mudanças de rotina.

Todas as condições citadas para determinar o Autismo, possuem 3 níveis que são classificados como nível 1 leve, nível 2 moderado e nível 3 grave. 

A seguir, entenda como são feitos os diagnósticos e os tratamentos disponíveis para auxiliar na qualidade de vida dos pacientes. 

Como é feito o diagnóstico? Quais os tratamentos disponíveis para o Autismo?

O autismo é percebido logo nos primeiros anos de vida do paciente, em torno do primeiro ano. As características mais observadas são:

• Bebê arredio a contato visual;
• Não interage com os pais, em especial com a mãe durante a amamentação;
• Não imita os adultos e não gosta de colo;
• Gosta de manipular objetos e fazê-lo repetidamente;
• Movimentos repetitivos.

Além deles, um dos problemas mais comuns é o atraso na fala e observado na fase dos 3 anos. 

No passado, achava-se que o autismo era limitado a infância e que muitas pessoas melhoravam na vida adulta, principalmente nos casos de síndrome de Asperger.

Hoje se sabe que o autismo é uma condição que não possui cura e se mantém ao longo da vida da pessoa. 

Por isso é comum que adultos estejam buscando ajuda e sendo diagnosticados com a condição tardiamente. 

O tratamento para o transtorno do espectro autista inicia assim que é determinado o tipo de autismo e seu nível. 

Em geral, vários profissionais estão integrados na busca da qualidade de vida da pessoa com autismo.

Psicólogos, fonoaudiólogos e até fisioterapeutas estão envolvidos. Pode haver a necessidade de outros médicos como neurologistas e psiquiatras.

Esses profissionais são indicados para tratamentos mais invasivos, principalmente nos casos de doenças neurológicas e psiquiátricas como epilepsia e depressão. 

Com informação e conscientização, o autista pode ter uma vida quase normal e com todo acompanhamento necessário para sua qualidade de vida. 

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Para compreender uma condição, é necessário informação e neste artigo, você teve acesso a vários pontos que classificam o autismo e os tratamentos mais comuns. 

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