
A área da perícia judicial atrai uma grande quantidade de profissionais das mais variadas formações. Não é difícil entender o motivo: ser perito pode representar uma nova carreira, novas possibilidades e uma rotina menos engessada, baseada em conhecimento técnico e credibilidade. Neste artigo, vamos contar passo a passo como começar nessa jornada, quais caminhos seguir para o cadastro, como garantir um certificado válido para o trabalho em tribunais e o que é preciso para se destacar nesse universo.
O que faz o perito judicial e por que sua atuação é tão relevante?
O papel do perito judicial é função de confiança do juiz. Sempre que o magistrado precisa de ajuda técnica para tomar uma decisão, pode nomear profissionais especializados para elaborar laudos e pareceres. Pode ser uma dúvida sobre autenticação de uma assinatura, cálculo contábil ou avaliação ambiental, por exemplo.
O laudo do perito pode mudar o rumo de um processo.
Na prática, a perícia não se limita a apenas laudos. O profissional participa de audiências, responde quesitos das partes envolvidas e muitas vezes atua como auxiliar da Justiça, com ética e imparcialidade. Quem busca se inserir nesse universo precisa entender que o perito serve à verdade técnica, não a interesses particulares.
Áreas de atuação: da grafotécnica à perícia ambiental
O trabalho do perito se distribui por diferentes campos, já que o Judiciário lida com uma imensa variedade de disputas. Os tribunais podem requisitar perícias em áreas como:
- Engenharia (civil, produção, mecânica, elétrica, entre outras)
- Contabilidade e finanças
- Direito ambiental
- Informática e tecnologia da informação
- Grafotécnica e documentoscopia
- Medicina e saúde
- Avaliação imobiliária e patrimonial
Cada área tem exigências técnicas e bagagem prática diferente. Se você está começando, pode se aprofundar em auditoria e perícia ambiental, ou conhecer a perícia grafotécnica, por exemplo. Essas especializações são fundamentais porque o Judiciário precisa de gente realmente preparada.
Passo a passo do cadastro e credenciamento como perito
Para atuar formalmente, é preciso se inscrever no cadastro de peritos do tribunal onde se deseja atuar. O procedimento é feito, quase sempre, por sistema eletrônico, como o e-proc ou o sistema do CNJ.
- Leitura do edital: O tribunal publica edital com critérios como nível superior, experiência comprovada, certificado de cursos específicos e regularidade junto ao conselho profissional.
- Documentação: Prepare cópias digitalizadas dos documentos exigidos: RG, CPF, comprovante de endereço, diplomas, certificado com conteúdo programático do curso de perícia, registro no órgão de classe (CREA, CRC, OAB quando necessário), além de declaração de atuação e experiência.
- Preenchimento do formulário eletrônico: O cadastro pede dados profissionais, histórico de atuação, áreas de interesse e dados bancários (aliás, vale ter atenção no preenchimento, pois problemas aqui podem atrasar pagamentos).
- Análise do tribunal: Uma comissão avalia os dados e documentos. Podem solicitar atualização de documentos ou comprovação adicional de experiência.
- Aprovação e publicação: Se aprovado, o nome passa a constar no sistema, disponível para os juízes no momento da escolha.
Aqui cabe um detalhe interessante: não há um limite fixo de quantos tribunais você pode se cadastrar. Se quiser atuar amplamente, pode se inscrever em vários estados – desde que cumpra requisitos e mantenha os dados sempre atualizados.
O que precisa para ser perito: requisitos legais e formação
Não basta querer atuar como perito. É preciso cumprir uma lista de pré-requisitos, definidos pela legislação e por cada tribunal. De acordo com o Código de Processo Civil (arts. 156 e 157), o perito deve ser “profissional de nível superior, com conhecimento técnico ou científico para o caso”.
- Diploma de curso superior na área da perícia pretendida.
- Registro em órgão de classe quando necessário (CREA, CRC, CRM, CRO, etc.).
- Certificação profissional com carga horária e conteúdo programático comprobatórios – um curso reconhecido nacionalmente, como os oferecidos pela Unova Cursos (com matrícula gratuita), amplia as possibilidades.
- Capacidade técnica comprovada e experiência prática (alguns editais exigem relatórios ou laudos já produzidos).
- Ausência de antecedentes que possam comprometer a confiança do tribunal.
Cursos e certificação: investindo na qualificação
O caminho mais seguro, e aceito em tribunais de todo o país, é buscar cursos livres de qualificação e atualização na área de perícia. Cursos como os da Unova Cursos em perícia grafotécnica e perícia contábil são exemplos de capacitação que possibilitam comprovação por certificado.
Concorrentes, como a ANPAJ, o CONPEJ e a Academia do Perito, também ofertam treinamentos. Porém, plataformas como a Unova Cursos se destacam por tornarem o acesso democrático, com matrícula gratuita, conteúdo atualizado e certificado válido digitalmente, tudo 100% online.
Democratizar a formação: qualquer um pode começar pelo certificado digital.
A escolha de onde obter sua certificação deve pesar fatores como facilidade de acesso, credibilidade, conteúdo didático, atualização constante e flexibilidade de estudos. O certificado fornecido pela Unova, por exemplo, respeita a legislação (Lei Nº 9.394/96), detalha a carga horária e garante autenticidade.
O passo a passo da perícia: da nomeação à entrega do laudo
- Nomeação pelo juiz: Ao identificar que o processo exige conhecimento técnico, o magistrado consulta o cadastro e seleciona um profissional.
- Intimação e aceitação: O perito é intimado e pode aceitar ou recusar, justificando se necessário (afastamento por conflito de interesse, por exemplo).
- Contato com as partes: Após aceitação, responde aos quesitos (perguntas técnicas) do juiz e das partes.
- Execução dos exames: Realiza vistorias, entrevistas, análises laboratoriais ou consultas técnicas, conforme a demanda.
- Elaboração do laudo: Redige relatório objetivo, claro, embasado. O laudo precisa ser didático, com anexos, fotos, tabelas e fundamentação em normas técnicas.
- Entrega e esclarecimentos: Submete o laudo ao tribunal via sistema eletrônico, participando de audiências quando necessário para esclarecer dúvidas.
Trabalhar com perícia judicial também permite flexibilidade. Muitos trabalhos são feitos remotamente e, dependendo da natureza da perícia, visitas técnicas podem ser realizadas em horários alternativos ou finais de semana. Isso traz equilíbrio entre a agenda profissional e o tempo pessoal.
Documentos essenciais para a inscrição e atuação
Organize com antecedência:
- Diploma e histórico escolar da graduação
- Currículo atualizado
- Certificados de cursos livres (com carga horária e conteúdo descritos)
- Comprovação do registro profissional (quando necessário)
- Cópia dos documentos pessoais (RG, CPF e comprovante de residência)
- Certidão negativa de antecedentes criminais
- Declaração de experiência prévia (quando solicitada pelo edital)
Esses itens compõem o dossiê básico para qualquer profissional que pretenda atuar formalmente em tribunais ou prestar serviços como assistente técnico.
Honorários, ética e remuneração
Uma dúvida comum é sobre o valor dos honorários pagos aos peritos. A quantia depende do tipo de processo, complexidade, juízo e região. Em geral, o juiz fixa um valor levando em conta tabelas de conselhos profissionais, a experiência do perito e o tempo estimado para conclusão.
É proibido negociar diretamente com partes sobre valores. A remuneração é definida judicialmente e o pagamento ocorre após a entrega do laudo e a homologação pelo juízo.
Ética acima de tudo: o respeito à imparcialidade fundamenta a confiança no perito.
Para muitos profissionais, atuação como perito judicial serve também como fonte de networking ou complemento de renda, uma forma de agregar valor à carreira e abrir portas em outras áreas.
Oportunidades: como a qualificação pode transformar uma carreira
A demanda por especialistas que produzam laudos claros, rigorosos e acessíveis continua alta. E, sendo bem honesto, quem domina os procedimentos, entende de metodologia e investe em formação se diferencia no mercado.
Se você já tem formação superior, pode começar a trilhar esse caminho agora mesmo. Um curso livre online, com matrícula gratuita, como os oferecidos pela Unova Cursos, permite a obtenção rápida e prática do certificado. O estudante acessa módulos por até 1 ano, estuda no próprio ritmo, faz a avaliação online e, se quiser, obtém o certificado digital válido para tribunais de todo o país. Para conhecer mais sobre direito como base, vale estudar também a introdução ao estudo do direito.
Outras plataformas até oferecem cursos pagos e gratuitos, como a EW Cursos, mas sem a mesma flexibilidade de matrícula, tempo de acesso e diferenciais do acervo didático da Unova. Nossos cursos acompanham as novidades – e, francamente, não é à toa que cada vez mais profissionais buscam atualização por aqui.
Conclusão
Atuar como perito judicial é uma oportunidade de crescimento para quem gosta de desafios e valoriza autonomia. O caminho pode parecer complexo num primeiro momento, com seus trâmites de cadastro, exigências de qualificação e prática minuciosa. Mas, com preparo e dedicação, é possível construir credibilidade e obter nova fonte de renda, conhecimento e reconhecimento. E, claro, tudo começa por buscar a certificação certa e se manter atualizado.
A Unova Cursos, com sua plataforma fácil de navegar, oferece essa porta de entrada — seja para quem está começando ou busca aprimoramento. Se ficou com dúvidas, conheça nossos cursos, estude grátis e dê o próximo passo em sua trajetória na perícia judicial.
Perguntas frequentes
O que é perícia judicial?
Trata-se de uma atividade na qual um profissional especializado, de confiança do juiz, é nomeado para realizar análise técnica ou científica sobre determinado fato discutido em um processo judicial. O perito deve elaborar um laudo, responder perguntas técnicas e ajudar o juiz a formar sua convicção, trazendo elementos que só quem tem conhecimento específico pode oferecer.
Como me cadastrar como perito judicial?
O cadastro é feito pelo sistema eletrônico do tribunal em que se deseja atuar. É preciso acompanhar o edital específico e reunir documentos como diploma de nível superior, registro no órgão de classe, certificado de curso de perícia (como os oferecidos pela Unova Cursos), currículo, comprovante de experiência, certidão de antecedentes e dados bancários. O tribunal avalia os documentos e, se aprovado, o nome do profissional passa a constar no cadastro oficial.
Quanto ganha um perito judicial?
O valor varia bastante conforme a complexidade do caso, o tipo de perícia, tempo estimado, local e tribunal. De modo geral, os honorários são fixados pelo juiz, com base em tabelas dos conselhos de classe ou valores já praticados na região. Apesar de oscilar, a perícia pode render desde valores modestos, em pequenas causas, até quantias mais elevadas em processos complexos. É comum usar a atividade inicialmente como complemento de renda.
Preciso de certificação para atuar como perito?
Sim, é fundamental apresentar certificação em curso específico de perícia na área escolhida, emitido por instituição reconhecida, como a Unova Cursos. O certificado deve detalhar carga horária, conteúdo ministrado e ser compatível com a legislação vigente — isso garante aceitação nos tribunais e mostra preparo técnico.
Vale a pena trabalhar com perícia judicial?
Para muitos profissionais, sim. A atividade tem boa valorização no meio jurídico, proporciona aprendizado contínuo, liberdade de horários e, em muitos casos, traz renda extra consistente. Exige responsabilidade, sigilo, postura ética e vontade de se atualizar, mas abre oportunidades para crescer tecnicamente e ampliar o networking.

Fernando Vale é um profissional graduado em Administração e com MBA em Logística Empresarial. Atualmente, é sócio e diretor da Unova Cursos, uma empresa especializada em Educação a Distância (EAD) e Cursos Online. Com mais de uma década de experiência no mercado educacional, Fernando tem se empenhado em levar conhecimento de excelência para milhares de indivíduos em todo o território brasileiro.
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