
Dê vida à sua sala de aula com um Curso de Contação de Histórias e transforme o modo como seus alunos aprendem, sentem e interagem. Descubra agora como a narração pode revolucionar o cotidiano escolar!
Se eu pudesse escolher um dos recursos pedagógicos mais marcantes e transformadores que já utilizei como educador, sem dúvida, apostaria na arte de narrar narrativas. Não me refiro apenas à leitura de livros em voz alta, mas ao verdadeiro universo criativo que se abre quando tornamos a história algo palpável, emocionante e cheio de significado. Recentemente, ao recorrer ao Curso de Contação de Histórias, percebi o quanto podemos ir além do conteúdo escrito e mobilizar sentidos fundamentais para a aprendizagem.
O cenário da narração na educação atual
Já presenciei olhares brilhando e sorrisos surgindo só pelo suspense de uma boa história. E isso não é acaso. A arte de narrar proporciona experiências cognitivas, emocionais e sociais profundas, principalmente nos primeiros anos escolares. Estudos da Faculdade Fira reforçam a contribuição da narrativa na linguagem, no desenvolvimento da imaginação e na empatia. Senti isso na prática: ao ouvir um conto bem elaborado, mesmo a criança mais dispersa e tímida aproxima-se, atenta, quase respirando cada palavra.
Por que o educador precisa investir em narrativas?
A narrativa é uma “porta de entrada” para o conhecimento. Digo isso porque ela conecta o conteúdo escolar ao cotidiano, aos sonhos e aos dilemas dos alunos. Por meio das histórias, abordo valores, ética, diversidade, pertencimento e autoexpressão. A pesquisa da Faculdade Cidade de Coromandel deixa claro: contar histórias desperta o interesse, cultiva o senso crítico e contribui para a formação do caráter.
Uma boa história convence, emociona e transforma.
Benefícios do uso da narração para o desenvolvimento infantil
- Estímulo da imaginação: Toda vez que proponho uma aventura, percebo a mente dos alunos viajando, criando soluções e cenários totalmente novos.
- Desenvolvimento da linguagem oral: A oralidade melhora, e muitos alunos começam a narrar, argumentar e até dramatizar por conta própria.
- Promoção da empatia: Eles passam a se colocar no lugar dos personagens, a entender sentimentos e conflitos.
- Valorização da cultura: Sempre gosto de incorporar histórias tradicionais, folclóricas, de diferentes origens e etnias. Isso amplia horizontes e respeita a diversidade.
Todos esses pontos são destacados no artigo da Revista Educação Pública, que também aponta como a narração incentiva a interação em grupo.
Principais técnicas práticas para narrar histórias
Acredito que contar uma boa história é quase uma performance. Não é preciso ser artista, mas é necessário investir nas estratégias certas. Compartilho algumas que costumo aplicar (com ótimos resultados!):
- Entonação vocal: Brinco com vozes diferentes, vario o ritmo, faço silêncios dramáticos. A cada pequeno ajuste, sinto a sala prender a respiração.
- Expressão corporal: Movimentos de mãos, olhares, até levantar ou se mover pelo espaço envolvem ainda mais!
- Objetos e adereços: Um chapéu, fantoche, tecido colorido ou caixa mágica fazem milagres na imaginação das crianças.
- Pausa criativa: Uma parada estratégica gera expectativa e curiosidade.
- Interação ativa: Convido todos a imitarem sons, repetirem palavras ou sugerirem finais alternativos para o enredo.
Integração com atividades lúdicas
Na minha rotina, percebo que misturar narrativa e brincadeiras potencializa resultados. Sempre proponho atividades pós-história, como:
- Desenhar a cena favorita do conto
- Montar fantoches ou máscaras dos personagens principais
- Criar pequenas peças teatrais
- Brincadeiras de roda baseadas em trechos da narrativa
Essas estratégias associam movimento, expressão plástica, criatividade e ainda reforçam a compreensão do enredo. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social observa que momentos lúdicos, aliados à contação, promovem avanços cerebrais e podem até quebrar ciclos de pobreza (veja o relato do MDS).
Leitura e narração: aliados na formação infantil
Recordo que, muitas vezes, livros eram apenas enfeites nas estantes da escola onde trabalhei. Bastou colocar a voz, o olhar e o afeto para que se transformassem em portais mágicos, responsáveis por conquistas notáveis na fala e na escuta dos pequenos. O estudo da Faculdade Sant’Ana mostra como a contação é capaz de incentivar oralidade e socialização.
No fundo, tanto ler quanto narrar histórias aproxima gerações, cultiva memórias afetivas e desperta o desejo espontâneo de aprender. Quando proponho que os alunos criem suas próprias narrativas, vejo crescer o vocabulário, a autonomia e a autoestima deles.
Como implementar narrativas na prática docente?
Eu não sigo um roteiro fixo. Costumo equilibrar teoria e prática, sempre atento ao significado daquele momento para cada criança. Se fosse para listar passos simples para quem quer começar:
- Selecione as narrativas: Prefira textos com linguagem acessível à faixa etária, temas que dialoguem com a realidade e personagens que provoquem empatia.
- Prepare a ambientação: Um círculo no chão, luz suave, silêncio. Às vezes, um simples lençol pendurado transforma o espaço em uma tenda mágica.
- Ensaiar a performance: Ensaiar mesmo! Falar alto, escolher as entonações, testar pausas e movimentos. Errar e rir faz parte, as crianças percebem a entrega.
- Estimular a participação: Faço perguntas no meio da história: “O que você faria?”, “Como acha que termina?”. Isso engaja, e surpreende nas respostas!
- Combinar com registros artísticos: Depois de narrar, crio espaços para desenhar, dramatizar ou até gravar áudios das próprias histórias das crianças.
Recursos inovadores: de livros a ferramentas digitais
Hoje existem materiais e recursos acessíveis para tornar a narrativa ainda mais interessante. Entre os que já testei:
- Livros ilustrados e pop-up, que encantam pelo visual
- Aplicativos e vídeos interativos para construir histórias digitais
- Áudios e podcasts infantis gravados para ouvir juntos
- Plataformas online que permitem a criação coletiva de novas tramas
Essas novidades aproximam a tecnologia do universo escolar, sem eliminar o vínculo afetivo da narração presencial. Alterno usos tradicionais e digitais, dependendo do interesse do grupo.
Planejamento de experiências pedagógicas com histórias
Entendo que não basta improvisar: o planejamento faz diferença. Quando penso na atividade, busco alinhar:
- Os valores a serem trabalhados naquela semana
- Os objetivos de cada turma (oralidade, empatia, criatividade, etc.)
- O repertório cultural dos alunos
Depois, avalio o impacto com conversas, desenhos e rodas de reflexão. Gosto também de registrar tudo em portfólios da turma, acompanhando o progresso de cada um.
Formação crítica, ética e estética: um convite ao educador
No meu olhar, investir em narrativas é fomentar mais que aprendizado; é criar espaço para o desenvolvimento crítico e ético, além de despertar o senso estético. As crianças aprendem a pensar, a sentir, a admirar e até a questionar. Histórias formam cidadãos sensíveis, atentos e conscientes de seu papel no mundo.
Convite à transformação
Se eu pudesse dar um conselho: ouse transformar cada encontro em uma aventura, onde todos são protagonistas. Quem deseja aprimorar esse talento pode iniciar o Curso de Contação de Histórias e encontrar ali ferramentas, sugestões e muita inspiração. Afinal, cada voz educadora é ponte entre mundos, dentro e fora da sala de aula.
Conclusão
Em minha experiência, a narração nunca é apenas entretenimento; é caminho potente para potencializar o desenvolvimento infantil, articular teoria e prática na educação e criar memórias inesquecíveis. Experimentar técnicas, buscar recursos variados, planejar com intencionalidade e, principalmente, se entregar à experiência faz toda diferença. Se você, educador, quiser fortalecer sua prática, busque sempre ampliar seu repertório, unir tecnologia e tradição e se permitir encantar diariamente. O próximo capítulo depende de sua voz.
Perguntas frequentes sobre contação de histórias
O que é contação de histórias?
Contação de histórias é a arte de narrar enredos, de forma oral e muitas vezes performática, despertando emoções, criatividade e participação do público. Vai além da simples leitura, integrando expressões, sons, interações e recursos lúdicos para envolver e ensinar.
Quais os benefícios para educadores?
Educadores ganham ferramentas criativas para promover o interesse, estimular a escuta ativa, desenvolver habilidades sociais e facilitar a compreensão de valores e conteúdos. A narração fortalece o vínculo entre docente e discente, tornando o aprendizado mais afetivo e dinâmico.
Como aplicar técnicas de contação em sala?
Para aplicar, selecione textos adequados à idade, prepare o ambiente, use expressões faciais, adapte a entonação da voz, traga objetos cenográficos simples e envolva os alunos com perguntas ou sugestões durante a história. Associar a narração a atividades como desenho, dramatização ou jogos amplia o impacto da experiência.
Quais são as melhores técnicas de contar histórias?
Algumas técnicas que costumo utilizar com sucesso são: entonação vocal variada, movimentos corporais expressivos, pausas estratégicas para suspense, uso de fantoches e objetos, interação contínua com as crianças e adaptações dos contos ao contexto da turma. Experimentar diferentes abordagens ajuda a descobrir o que engaja mais seu grupo.
Onde encontrar histórias para educadores?
Há bons acervos em livros infantis clássicos, coleções regionais, fontes digitais, plataformas de podcasts e materiais didáticos. Muitos educadores também criam ou adaptam narrativas próprias inspiradas nas vivências dos alunos, unindo tradição e criatividade. Ler, pesquisar e trocar experiências com colegas também rende ótimas sugestões para enriquecer o repertório.

Fernando Vale é um profissional graduado em Administração e com MBA em Logística Empresarial. Atualmente, é sócio e diretor da Unova Cursos, uma empresa especializada em Educação a Distância (EAD) e Cursos Online. Com mais de uma década de experiência no mercado educacional, Fernando tem se empenhado em levar conhecimento de excelência para milhares de indivíduos em todo o território brasileiro.
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